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Esse Eu Vi!!!

Foto do escritor: Flávia MendesFlávia Mendes

Produção Brasileira que eu recomendo! Deixe a sua opinião também.

https://fb.watch/3Ly3s-K_dS/ (apesar do link estranho, aí tem um pouco da preparação da Cléo Pires)

#OperaçãoEspeciais é um filme que me surpreendeu bastante. Bem, ele é um filme de 2015 e só vi agora(2021). Cheguei nele para eu comecei a participar de uma antologia de contos policiais #emummesumconto. Então, resolvi fazer uma pesquisa de sobre filmes brasileiros que abordassem essa temática e que tivesse um protagonista mulher, no início de carreira e foi até que achei esse filme.


Confesso que para mim o início do filme foi bem mais ou menos. Inclusive a atuação da Cleo Pires, que é a personagem principal que é formada em Turismo e trabalha em um hotel que foi assaltado, e por causa disso vem a transição da personagem para a Polícia Civil.


O filme começa a ganhar vida quando Francis (Cleo Pires) é transferida para São Judas do Livremente, cidade no interior do estado do RJ. Logo na primeira cena, quando ela é comunicada de sua transferência, podemos ver o quanto o machismos ainda impera na instituição. E desde o primeiro momento ela precisa lidar com piadinhas, trotes e descrença da maioria dos colegas de trabalho que traz mais veracidade para o filme.


Essa é uma parte de um dos diálogos do filme que já de cara mostra o que ela enfrentará.

- Alô! - Francis atende o celular.

- Alô, eu posso falar com o investigador Francis Correia, por favor. - disse a voz de um homem.

- sim, quem é?

- É da parte do Delegado Fores, pode passar para ele?

- Francis Correia sou eu.

- Puta que pariu é mulher é?! Que porra é essa?

- Para Roni, me dá esse telefone…

E a sequência desse diálogo é um bombardeio de machismo na frente da protagonista. Sinceramente, não sei se eu teria sangue de barata para aturar, se fosse comigo.


Mas enfim, uma coisa que eu achei bem forçado, foi como ela se apresenta na delegacia da cidade. Ela já está trabalhando na Policia Civil antes da transferência, pode ser o primeiro dia em campo, mas não na polícia, então como ela me aparece com uma roupa para ir passear. Concordo que podemos usar o que quisermos, mas as forças policias tem o seu padrão de vestimenta, então achei muito estranho.


Outra coisa que me chamou atenção foi o linguajar da maioria dos policias. Senhor do céu! Se isso é uma realidade, acho que eles precisam urgente de umas aulinhas de português.


Um ponto alto para mim do filme, foi a cena de perseguição policial. Sem muito toque hollywoodiano. Com um ângulo bem diferente, focando no desespero da personagem principal, e a tensão dos outro policias. Consegui até me imaginar lá dentro passando por tudo aquilo. O toque dos cartuchos caindo no pescoço da protagonista foi ótimo.



O desenvolvimento da personagem é muito claro, ela chega quase sem voz, seu medo durante as ações e paralisia em momentos críticos. Vai ganhando seu espaço e no fim ela é uma outra mulher, mais segura e sem medos.




Agora o que é Marcos Caruso, que ator sensacional. Sou suspeita, porque adoro todos os trabalhos dele e esse não foi diferente. Sua personagem é de um delegado super honesto e que aceita a protagonista sem discriminá-la.

As fala dele são sensacionais "O senhor é o desagradável quem? / ...eles estão tentando aplicar o que o senhor chama de lei, nesta várzea de que o senhor chama de cidade..." A entonação e suas expressões faciais e corporais, são aulas de atuação.


Uma atuação que ficou devendo foi do Fabrício Oliveira(Policial Décio), mas não sei se foi pela atuação ou pelas falas destinadas ao personagem. O seu desenvolvimento foi bem previsível, não só pelo envolvimento com a protagonista, mas com a sua morte. Que foi o verdadeiro ponto de virada da protagonista,



Conclusão…

Opa, já estava até esquecendo, para você vê como ficou tão fora do desenvolvimento do filme, que quase esqueci. A cena da mãe da protagonista doente ficou tão mal linkado que não tem relevância, pode ser cortado do filme que não faz falta.


Agora finalmente a conclusão, Operações Especiais não é “O” filme policial, mas pela falta de longas do gênero de produção brasileira, pode ser uma boa opção para uma tarde de domingo. Por isso, eu recomendo.






 
 
 

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