Ser escritora é se jogar no abismo, é falar sem saber quem vai ouvir.
É um ato de coragem!
Que Dia!
— Mas que barulho todo é esse? Por que estão batendo na porta?
Percebi que quem batia na porta não pararia, então sentei na cama e tentei acender a luz do abajur que ficava na mesinha ao lado da minha cama, mas não aconteceu nada. O quarto estava um verdadeiro breu, me levantei e tateando para encontrar o interruptor, chutei com o dedinho do pé a quina do armário. A dor foi tão grande que comecei a xingar e a mancar. Quando enfim o achei, depois de apertar algumas vezes, vi que o apartamento realmente estava sem luz.
Droga!
Com mais cuidado e devagar, voltei a tatear a parede em direção à janela, abri a cortina para clarear o ambiente. As batidas na porta de entrada do meu apartamento não cessavam, vesti meu robbie e fui até ela para que quem estivesse batendo, não a derrubasse.
— Júlia, meu Deus, você está viva! - disse Brenda, entrando em meu apartamento.
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